Crítica | Streaming e VoDFestival do Rio

Zoom

(Zoom, BRA, CAN, 2015)
Nota  
  • Gênero: Comédia
  • Direção: Pedro Morelli
  • Roteiro: Matt Hansen
  • Elenco: Alison Pill, Gael García Bernal, Mariana Ximenes, Jason Priestley, Claudia Ohana, Don McKellar, Tyler Labine, Michael Eklund
  • Duração: 99 minutos

Com um roteiro elaborado e bem amarradinho de Matt Hansen, Zoom mistura três histórias independentes fazendo com que uma esteja dentro da outra e, de certo modo, cria uma dependência entre todos os protagonistas.

Misturando animação e live action, o novo projeto da O2 Filmes foi lá fora buscar a maioria de seus astros, não que haja aí alguma novidade. Apenas Mariana Ximenes (Hotel Atlântico) e Cláudia Ohana (A Novela das 8), esta em uma ponta constrangedora, são locais.

A interligação entre as histórias e o modo como são apresentadas é até interessante, mas a irregularidade acaba estragando tudo. A primeira e a segunda histórias são bem caprichadas no humor, embora a busca de Emma por seios maiores chame mais atenção e tenha mais força desde o início.

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O uso da animação na história protagonizada por Gael Garcia Bernal (No), como um diretor que tenta reinventar sua carreira, quebra um pouco o ritmo, mas ainda é divertido ver que uma história toda depende de um personagem que está em um outro universo. O exagero de falas e uma animação pouco interessante começam a afastar o público que estava envolvido.

Na terceira história, sobre a modelo e escritora Michelle, a coisa desanda completamente. Mal encenada, perdida no ritmo e pouco interessante a história não consegue se segurar no seu vínculo com as outras narrativas. A justificativa para a existência é até interessante, mas a coisa vai tão mal que compromete, inclusive, a vontade de ficar na sala de projeção.

De bom em Zoom, temos as conexões entre as histórias e alguns momentos divertidos com Alison Pill (Meia-Noite em Paris) como a modeladora de bonecas infláveis e desenhista de história em quadrinhos.

Um Grande Momento:
O resgate da boneca

[Festival do Rio 2015]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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