Crítica | Streaming e VoD

O Último Samurai

(The Last Samurai, EUA/JAP, 2003)

Ação
Direção: Edward Zwick
Elenco: Tom Cruise, Ken Watanabe, Billy Connolly, Tony Goldwyn, Masato Harada, Timothy Spall, Shin Koyamada
Roteiro: Edward Zwick e Marshall Herscovitz (baseado no livro de John Logan)
Duração: 154 min.
Nota: 7 ★★★★★★★☆☆☆

Devo confessar que o filme me surpreendeu bastante. Entrei no cinema achando que esse seria mais um filme no estilo Tom Cruise de sempre, mas não é. O filme é diferente justamente por questionar posições americanas, o que não costuma ser o estilo do ator.

Conta a história de um capitão do exército americano muito reconhecido por sua participação na aniquilação dos índios locais. Capitão Algren (Tom Cruise), é contratado pelo governo japonês para ensinar suas tropas a guerrear e a utilizar armas de fogo. Obviamente, o interesse bélico dos Estados Unidos move toda a negociação.

Apoie o Cenas

É então que o filme ganha. Ele conta a história de um povo que destruiu a população nativa de seu país, apagando totalmente sua cultura, e que agora parte para o outro lado do mundo para destruir a cultura alheia. Como sabemos, infelizmente, a cultura japonesa não foi a única afetada pelos americanos.

Apesar da boa crítica, o filme continua sendo americano e, por isso mesmo, não consegue se segurar até o final. Mas isso não o desmerece totalmente, ainda é um bom filme.

Um outro problema é o ritmo, que poderia ser mais bem cuidado. O filme demora um pouco para esquentar. Já as cenas de luta são maravilhosas. Os atores estão muito bem, mas não tanto como têm dito por aí. Tom Cruise ainda está muito Tom Cruise e o japonês Ken Watanabe é muito bom, mas tem alguns gestos marcados demais.

Um Grande Momento

Tom Cruise lutando com vários numa rua deserta.

Prêmios e indicações(as categorias premiadas estão em negrito)

Oscar: Direção de Arte, Figurino, Som e Ator Coadjuvante (Ken Watanabe)

Globo de Ouro: Trilha Sonora Original, Ator em Drama (Tom Cruise) e Ator Coadjuvante (Ken Watanabe)

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
Botão Voltar ao topo