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O Prazer É Todo Meu

(Tout le plaisir est pour moi, FRA, 2004)

Comédia/Romance

Direção: Isabelle Broué

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Elenco: Marie Gillain, Julien Boisselier, Garance Clavel, Brigitte Roüan, Tsilla Chelton, Lionel Abelanski, Idit Cebula, François Marthouret

Roteiro: Isabelle Broué, Caroline Thivel, Hélène Woillot

Duração: 82 min.

Minha Nota: 4/10

Tem coisas que só as mulheres entendem. Tem coisas que as mulheres pensam que só outras mulheres entendem. Tem gente que quer fazer cinema achando que vai falar de um assunto do tipo, mas que acaba tropeçando em algum problema e o resultado acaba ficando bem diferente do esperado.

Uma mulher livre e bem resolvida sexualmente vai bem no trabalho e está se relacionando com um homem que a deixa completamente satisfeita. Depois de uma conversa com a irmã frustada sexualmente, ela não consegue mais sentir prazer.

Depois disso o filme trata somente da busca desesperada de uma mulher para sentir prazer novamente. Claro que algumas cenas acabam sendo engraçadas, mas, no conjunto, o filme não consegue funcionar.

Algumas das etapas na busca desenfreada chegam a beirar o ridículo, como a consulta ao sexólogo e a ida a um bar gay.

Além disso, um outro problema grave é que o filme não resolve nunca se vai ser uma comédia, um drama ou nenhuma dessas coisas, depois da metade, inclusive, ele começa a querer ter uma aura documental, inserindo entrevistas com mulheres sobre o modo como elas têm prazer sozinhas.

Alguns momentos são legais, como a reunião com as vizinhas velhinhas que relatam que nunca tiveram um orgasmo. Outros momentos até me fizeram dar algumas risadinhas discretas, mas nem elas foram suficientes para melhorar o meu conceito do filme.

Talvez o problema seja a quantidade exagerada de informação. O samba do crioulo doido conta com a participação de um vibrador em formato de abelha, um chá de ervas afrodisíacas, leitura de búzios, o melhor amigo gay, um programa de rádio e um carrossel, entre outras muitas coisas.

Como dá para perceber, a história até poderia dar bons frutos e o risco de cometer alguns erros seria até esperado, levando em conta o assunto. A surpresa está justamente em cometer todos eles em um só filme.

Para quem ficou curioso e não se importa em perder alguns minutos de vida vendo algo bem mediano.

Um Grande Momento

A reunião das velhinhas.


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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Oie!

    Pois é, Marcus, seqüências com velhinhas falando de sexo são sempre engraçadas, né? Essa foi uma das poucas coisas que eu gostei no filme.

    Eu gosto de tudo, Robson. Apareceu na minha frente eu estou vendo. Por exemplo, não tinha a menor idéia do que esse filme tratava. Achava que ia ser uma coisa totalmente diferente.

    Depois de muitas bobagens que vi por ai, Cah, também acho que estou precisando de uma purificação… hehehe. Quanto a ex-bbbs, eu não dou conta da Iris falando, tadinha.

    É isso mesmo, Aline. O que me deixa triste é que a produção é toda feminina e exagera do mesmo jeito. Ainda não vi A Vida Secreta das Palavras, mas vou procurar.
    Obrigada pela indicação! Vou ouvir o programa agora…

    Acho que não é do tipo de filme de ninguém, Ibertson, infelizmente.

    Eu também gosto muito do cinema europeu, mas esse não conseguiu me conquistar não.

    Obrigada pelo presente, Nane!

    Beijocas a todos

  2. aidna tenho intenção de ver várias obras do cinema europeu, acho fantastico a forma como eles trabalham situações cotidianas… esse parece ser mutio bom..
    beijos!!!

  3. Não conhecia esse filme, mas não é muito meu forte esse tipo de filme.

  4. Queridona, tudo bem?
    Eu ainda não vi esse filme. Mas imagino como seja, tipo uma confusão estereotipando a mulherada. Estou enganada?
    Bom, um filme feito por mulher que eu achei mais que sensível com uma atuação bem bacana de Tim Robbins é “A vida secreta das palavras”. Lindoooo um dos meus favoritos.

    Bom, eu postei no xará (Cenas).

    E no Podcast do Freqüência Damata nº 05 eu indiquei o seu Cenas de Cinema como leitura, já que eu e meus amigos nos acabamos de falar de cinema.

    beijo,

    Link:
    Freqüência Damata

  5. Esse filme eu ainda não tive a oportunidade de ver!! Estou numa fase “Clássicos” no momento, hehehe!!
    (Ah, qualquer big brother eu socaria, viu?! Mas é que não me conformo de colocarem ela no lugar de uma atriz de verdade! Com tantos talentos no teatro e até mesmo na tv!)

  6. Cecília, você adora filme de comédia hein? Não está entre os meus preferidos, a maioria das vezes assisto quando vejo que o trailer é bom ou quando me indicam falando bem.

  7. Essa sequência das velhinhas deve ser um sarro. Me lembrei do momento que o pessoal se reúne para decidir como será o filme pornô em “Os Maiorais”, incluindo velhinhas taradas, rsrsrsrsrss.

    Beijos!

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