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O Exterminador do Futuro: Gênesis

(Terminator Genisys, EUA, 2015)

Ação
Direção: Alan Taylor
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Jason Clarke, Emilia Clarke, Jai Courtney, J.K. Simmons, Dayo Okeniyi, Matt Smith
Roteiro: James Cameron, Gale Anne Hurd (personagens),
Duração: 126 min.
Nota: 7 ★★★★★★★☆☆☆

Quinto filme da franquia, O Exterminador do Futuro: Gênesis chega como uma espécie diferente de reboot, pois não renova apenas os personagens, mas faz com que estes cheguem novamente em um tempo passado. Aquela confusão de John Connors, de mandar o próprio pai para proteger a mãe e assim gerá-lo do primeiro filme é revivida de uma outra maneira, em um tempo anterior ao do primeiro filme.

Nessa confusão temporal, entre os eventos do próprio filme e os dos filmes passados, O Exterminador do Futuro: Gênesis é divertido e consegue entreter o seu público satisfatoriamente, além de trazer novamente ao papel de T-800, aqui com apelido carinhoso, o eterno exterminador Arnold Schwarzenegger (Os Mercenários 2), em carne e osso.

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Claro que o filme arruma desculpas bobas para a sua aparência e ainda brinca com uma possível briga dele com um ele mesmo do passado, em melhor estado de conservação, graças à maquiagem e efeitos especiais, mas o público está feliz simplesmente por vê-lo novamente no papel.

No filme, o líder da resistência John Connors precisa enviar Kyle Reese para evitar que a Skynet mate a sua mãe e, assim, elimine a possibilidade de sua existência. Enquanto Reese era enviado, Connors é atacado por um infiltrado. Ao chegar no passado, Reese descobre que Sarah tem um guardião também ciborgue.

A confusão temporal é grande no longa-metragem, com a viagem de Reese para 1984 e depois sua viagem com Sarah para 2017, quando o sistema Skynet foi instalado em todos os dispositivos eletrônicos. Em cada período, vários modelos de exterminadores desfilam pela tela.

Aqui o diretor Alan Taylor (Thor: O Mundo Sombrio) pode brincar com uma realidade que James Cameron ainda não conhecia ao fazer os primeiros filmes da franquia. Há hoje um acesso a equipamentos eletrônicos, com sistemas operacionais avançados e conectados a nuvens, que era inimaginável nos anos 80 ou início dos anos 90.

Embora seja engenhoso em sua concepção, obviamente existem facilidades no roteiro e algumas soluções apelativas, como a constituição de um rosto para o programa dominador, mas nada que as muitas cenas de ação não deem conta de contornar com facilidade. E ninguém que vai ver um filme de ação com robôs contra humanos acha que vai encontrar muita coisa para pensar.

Desta vez, quem dá vida à Sarah Connors é Emilia Clarke (A Recompensa), que ficou famosa depois de viver Daenerys Targaryen, a mãe dos dragões em Game of Thrones, que se sai muito bem como protagonista de filme de ação, e está bem acompanhada por Jai Courtney (Divergente) como Kyle Reese, que não compromete. Jason Clarke (A Hora Mais Escura), o novo John Connors, talvez se exceda um pouquinho em sua versão viajante no tempo, assim como a ponta de J.K. Simons (Whiplash – Em Busca da Perfeição) como o policial aposentado poderia ter sido melhor aproveitada.

O Exterminador do Futuro: Gênesis é um longa para se divertir, que respeita os dois primeiros filmes e consegue ser muito superior aos dois últimos títulos que voltaram ao tema.

Um Grande Momento:
Schwarzenegger vs. Schwarzenegger.

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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