Crítica | FestivalFIC Brasília

Nucingen Haus

(Nucingen Haus, ROM/FRA/CHL, 2008)

Terror

Direção: Raoul Ruiz

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Elenco: Jean-Marc Barr, Elsa Zylberstein, Audrey Marnay, Laure de Clermont-Tonnerre, Thomas Durand, Miriam Heard, Laurent Malet, Luis Mora

Roteiro: Honoré de Balzac (conto), Raoul Ruiz

Duração: 87 min.

Minha nota: 1/10

Raoul Ruiz é um dos diretores mais cultuados pelos festivais de cinema do mundo. Não sem motivo pois, depois de 45 anos dirigindo e com 104 filmes no currículo, ele definiu um estilo próprio e criativo e ficou marcado por sua ironia ao tratar dos mais diversos temas.

Foi por isso que o primeiro filme escolhido para o dia 04/11 foi esta única película de terror da programação. Independente da qualidade baixa da cópia disponibilizada (o mesmo filme teve problemas semelhantes no Festival do Rio e na Mostra de São Paulo deste ano), é muito fraco.

Conta a história de um rico americano que, ao jantar em um restaurante, escuta comentários de clientes da mesa ao lado sobre a sua vida em uma suposta mansão mal-assombrada. Enquanto ouve, ele se lembra de tudo que aconteceu quando foi conhecer um palacete no Chile que acabara de ganhar em uma mesa de jogo.

Todo filmado no Chile, terra natal de Ruiz, o lugar é lindo, assim como os figurinos, mas pára por aí. O roteiro não sabe se assusta, se diverte ou se nina os espectadores. Completamente sem pé nem cabeça mistura tantos elementos que acaba enrolando a história e atrapalha a atenção de quem o assiste.

Algumas passagens são tão bizarras que fica difícil acreditar que estamos vendo um filme que não foi feito pelos parentes adolescentes para um trabalho de escola. Mas, ainda que mais fraco, muito no filme tem aquela cara das invenções de Ruiz.

Para aqueles que gostam muito do diretor, pode ser uma boa idéia. Mas outros títulos dele podem ser mais proveitosos.

Próxima sessão no festival: 08/11, às 17h30.

Um Péssimo Momento

A flauta de osso.



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FIC Brasília 2008

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Acho que você foi boazinha. Eu daria -2 fácil. É uma mer#@ de filme. Nem no Corujão em dia de insonia…
    Beijos.

  2. Oie!!!

    Red Dust – Eu confesso! Adoro achar essas coisas, mas não esperava uma dessas no festival não.

    Kau – É bomba mesmo. Eu só fui porque era do Raoul Ruiz, mas decepcionou total!

    Hugo – Hahaha. Num dvd, sem muito mais coisa para fazer, né? Eu devia ter ido assistir Aos Hespanhois Confinantes. Se arrependimento matasse!!!

    Beijocas

    Beijocas

  3. MEDO deste filme. Nota 1????? Deve ser um projetinho de bomba né?

    Bjos!!

  4. Outro nota 1… :)

    Nunca tinha ouvido falar, nem lido, sobre o filme.

    Cecilia, podes confessar, tu tens um gosto especial em descobrir estas ‘pérolas’!!!!! :)

    Beijinho.

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