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Mother

(Madeo, KOR, 2009)

Mother é um daqueles filmes que conquistam a platéia logo na primeira cena. A imagem belíssima e a música criam o clima para uma mulher que dança despreocupada no campo. De cara, nos conectamos àquela mulher e prestamos atenção em tudo que ela tem para nos dizer.

Uma mãe luta para proteger o seu filho, portador de alguma deficiência mental. Ela faz de tudo para ele e o trata como se tivesse medo do que o mundo pode fazer com seu rebento. Ele quer se libertar e sai por aí aprontando, tentando provar que é capaz de conseguir fazer as mesmas coisas que os outros da sua idade.

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Em uma noite que a mãe fica com o coração apertado em casa, o jovem sai para se encontrar com um amigo e acaba sendo acusado de um crime. Com o caos armado, ela tem que provar que tudo não passa de um equívoco.

O amor daquela mãe transcende a imagem projetada, o que começara com uma singela dança, adquire o ritmo frenético de um bom filme de ação e mais uma vez o cinema sul-coreano chama a atenção do mundo.

O roteiro, todo muito bem amarrado, não precisa lançar mão de artifícios para se justificar e capricha na construção de cada um dos personagens. A atuação de Hay-ja Kim, como a desesperada mãe, é cheia de nuances e momentos e se concretiza como uma das mais perfeitas do ano.

Diferente do que estamos acostumados, Mother, mesmo sendo um suspense, tem um cuidado extremo com os quadros e o tempo dos planos e, além de chamar a atenção e encher os olhos, ainda conta com a montagem ágil e precisa que o gênero exige.

Um filme tão apaixonante que é difícil falar dele sem se lembrar de tudo o que foi sentido na sala de projeção. Para ser visto, revisto e aproveitado em cada detalhe.

Um Grande Momento

Dançando no campo.

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Suspense
Direção: Joon-ho Bong
Elenco: Bin Won, Hye-ja Kim, Ku Jin
Roteiro: Eun-kyo Park, Wun-kyo Park, Joon-ho Bong
Duração: 128 min.
Minha nota: 9/10

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
4 Comentários
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Wally
Wally
16/11/2009 01:15

Poxa, este é um dos filmes que mais quero assistir. Além de adorar o cinema do cineasta, a cada comentário que leio tenho mais certeza da qualidade absoluta da produção. Ansioso.

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