Crítica | Streaming e VoD

Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro

(Mad Money, EUA, 2008)

Tem filmes que não despertam muita curiosidade e só são assistidos por acaso, quando escolhidos por alguém ou entre uma ou outra troca de canal na televisão. Geralmente, ao final da experiência, não temos muito a dizer de tudo que acabamos de ver e em pouco tempo, mal poderemos conversar sobre o filme.

Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro segue bem esse estilo de filme e misturando bons e maus nomes no elenco não chega a ser bom, mas também não é péssimo.

Apoie o Cenas

Três mulheres completamente diferentes armam um plano para retirar uma grande quantidade das cédulas velhas e destinadas à trituração do banco onde trabalham. A cabeça do plano é Bridget Cardigan (Diane Keaton), uma dona-de-casa falida recém-contrata pelo banco para trabalhar como faxineira. A honesta e carente mãe solteira Nina Brewster (Queen Latifah) e Jack Truman (Katie Moss), uma jovem maluquinha e abobada, são suas comparsas. O plano funciona e, como dinheiro aumenta a vontade de ter mais dinheiro, elas resolvem que não pararão. Até que a coisa desanda.

Sem grandes pretensões, o roteiro falho, adaptado de um telefilme de 2001, não se preocupa em desenvolver nem um pouco os muitos personagens que desfilam na tela e tenta se preencher com a história de “o dinheiro compra felicidade”.

A diretora do filme, Callie Khouri, chamou a atenção de todos com seus primeiro roteiro, Thelma & Louise, mas não conseguiu repetir o sucesso com o fraco O Poder do Amor e o apenas regular Divinos Segredos. Foi neste último que assumiu a cadeira de diretora e a manipulação excessiva dos sentimentos dos personagens, que parecia ser um erro de primeira experiência, toma ares de marca registrada neste segundo longa para o cinema.

No final das contas, o filme se ancora nas atuações do trio central, apesar de Keaton estar repetindo o mesmo papel pela enésima vez e Holmes não estar tão natural como as colegas de cena. São as atrizes que conseguem fazer com que o público crie alguma empatia com aquelas mulheres e torça, ou não, por elas.

Apesar dos pesares, é um programa divertido para dias em que pensar não está na agenda. Daqueles para a gente ver com um potão de pipocas, sem grandes expectativas e sabendo que poucos dias depois já não se lembrará de mais nada.

Um Grande Momento

Grande assim não tem não. Fico com o chefe indo checar a demora no dinheiro.

Links

Submarino

Comédia
Direção: Callie Khouri
Elenco: Diane Keaton, Ted Danson, Queen Latifah, Roger R. Cross, Katie Holmes, Adam Rothenberg, Meagen Fay, Christopher McDonald, Stephen Root, Mathew Greer
Roteiro: Terry Winsor, Neil McKay (telefilme), John Mister, Glenn Gers
Duração: 104 min.
Minha nota: 5/10

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. Meu primo assistiu e costuma chamar esse tipo de filme de testa-paciência, quando não há boas opções na TV a cabo ou quando você teve um dia ruim e só deseja esvaziar a cabeça por algumas horas. "Cabe perfeitamente". Palavras. Eu, honestamente, não aguentei fazer o tal teste.

Botão Voltar ao topo