Crítica | Streaming e VoD

Horas de Horror

(The Dark Hours, EUA, 2005)

Suspense
Direção: Paul Fox
Elenco: Kate Greenhouse, Aidan Devine, Gordon Currie, Iris Graham, Dov Tiefenbach
Roteiro: Wil Zmak
Duração: 93 min.
Nota: 5 ★★★★★☆☆☆☆☆
Construções isoladas são um elemento já batido em filmes de suspense. Se a ideia é usar sensação de abandono e explorar o medo do “estar sozinho” no espectador, não importa que seja uma simples cabana na floresta, um chalé esquecido, um hotel fechado durante o período de nevascas ou uma casa construída há muitos anos.

Ainda que tenha a sua força, nem sempre esse isolamento funciona como deveria. Se em poucos casos ele rende excelentes filmes, na maioria é só mais um elemento perdido entre tantos outros, como é o caso de Horas de Horror.

Samantha Goodman é psiquiatra e trata condenados de alta periculosidade. Doente e estressada, depois de ser atacada por um dos pacientes, ela resolve encontrar-se com o marido e a irmã que passam o fim de semana no chalé da família.

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Um jovem aparece no local e pede abrigo. Ainda que o marido de Samantha relute, eles o recebem e é assim que Harlan Pyne, um ex-paciente condenado por estupro e assassinato, consegue acesso à casa e à família e pode executar o seu plano de vingança.

O filme junta tudo aquilo que você já viu em outros exemplares do gênero: tortura física e psicológica, joguinhos, muito sangue, tentativas frustradas de contato com o mundo exterior, entre outros, e até consegue cumprir o seu objetivo de agoniar quem o assiste.

Mas carece de um algo mais e, quando chega ao final, deixa a sensação de que estava o tempo todo confiando em uma reviravolta do roteiro que apesar de boa não é, nem de longe, bem executada e, rápida demais, fica perdida entre todos os acontecimentos anteriores.

Além dos problemas de roteiro, a direção de atores também é fraca e, ainda que arranque de Kate Greenhouse uma atuação que não compromete, irrita ao deixar passar os exageros de Aidan Devine, como o ex-paciente louco, e de Gordon Currie, como o marido.

Ainda assim, é um filme que consegue prender a atenção e, se comparado a alguns outros do gênero, está longe de ser o pior já visto. Com alguma boa vontade, entre seus muitos deslizes é até possível identificar uma história interessante. Pena que tenha sido tão mal executada.

Um Grande Momento

Sem grandes momentos.

Links

IMDb Site Oficial [youtube]http://www.youtube.com/watch?v=w9ihF6eqzcY[/youtube]

Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.
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