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Alois Nebel

(Alois Nebel, CZE, 2011)
Nota  
  • Gênero: Animação
  • Direção: Tomás Lunák
  • Roteiro: Jaromír Svejdík, Jaroslav Rudis
  • Duração: 97 minutos

Final do anos 80. Alois Nebel é um solitário despachante numa estação de trem na fronteira da República Tcheca que passa horas lendos os anuários da estação. A calma com que leva a vida só é perturbada quando chega a neblina. Ela traz alucinações com fantasmas da Segunda Guerra Mundial, que Alois um dia conheceu, e acabam por levá-lo a um sanatório.

Alois Nebel

O filme, uma adaptação dos quadrinhos criados por Jaroslav Rudiš e Jaromír 99, usa a inspiração dos clássicos filmes noir em sua atmosfera, tanto no belíssimo preto e branco, como na rotoscopia e na linha narrativa, que nos apresenta uma história cheia de mistérios, injustiças e um herói em frangalhos.

Mesmo que o roteiro tenha alguns percalços e torne a história um pouco confusa, a glória da animação está no som muito bem pontuado e principalmente em sua imagem, que leva o espectador a uma viagem tão mais interessante do que as superestimadas animações em 3D que invadem os cinemas atuais. A estreia de Tomas Lunak é de uma plasticidade incrível, o que torna Alois Nebel, no mínimo, uma experiência visual muito interessante.

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Um Grande Momento
Quando chega a neblina.

[36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo]

Bruna Bites

Bruna Bites - que não é nome artístico - é uma publicitária, que atua como designer de interfaces e que vez ou outra escreve por aqui, além de cuidar do site. É totalmente fascinada pelas coisas legais da web, por cinema e quer muito viajar o mundo todo.
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