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A Múmia – A Tumba do Imperador Dragão

Visto no Cinema(The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor, CAN/ALE/EUA, 2008)

Aventura/Comédia

Direção: Rob Cohen

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Elenco: Brendan Fraser, Jet Li, Maria Bello, John Hannah, Michelle Yeoh, Luke Ford, Isabella Leong, Liam Cunningham, Anthony Wong Chau-Sang, Russell Wong

Roteiro: John L. Balderston (1939), Stephen Sommers (2001), Alfred Gough, Miles Millar

Duração: 112 min.

Minha nota: 3/10

Embora eu tente não ficar muito tempo sem escrever por aqui, está cada vez mais difícil me manter presente. Primeiro, tem esse número de viagens incrível que tenho que fazer para São Paulo e seus contratempos (na última vez, estava preparada para passar três dias por lá e o médico me fez passar nove); depois tem o retorno ao trabalho e o monte de coisas que quero implementar e modificar; por último, e mais importante de tudo, ainda tenho dois filhotinhos e uma casa para cuidar. Agora é só aprender a conciliar a vida real à vida virtual, enquanto isso, vou ter que dar umas sumidinhas de vez em quando.

Se o tempo para o blog está difícil, para cinema também não está sobrando tanto assim. O último lançamento conferido foi essa bela porcaria do queixudo Brendan Fraser mais uma vez encarnando o caçador de múmias apaixonado e fortão.

A idéia, ao escolher o filme, era distrair um pouco de uma tarde de quase cinco horas sentada em uma das salas de espera de um hospital. Para isso, nada melhor do que um filme sem pretensões e sem importância de comédia ou ação.

Como as opções do estilo não eram tantas, acabamos encarando esta seqüência da seqüência. Diferente dos filmes anteriores, a ação se passa na China e não no Egito e, no lugar das pirâmides, tem a Grande Muralha. Mas as mudanças não páram por aí e, infelizmente, trocam também a culta, bela e inteligente Rachel Weisz por uma quase engraçada Maria Bello.

Em comum, muitas cenas de luta, computação gráfica e a mesma historinha de poder e dominação com toques de mistérios e muitos acontecimentos sobrenaturais. Um malvado e ganancioso imperador chinês é amaldiçoado por uma poderosa feiticeira e acaba petrificado juntamente com o seu exército de dez mil homens. Milhares de anos depois, seu sarcófago é descoberto pelo jovem Alex, filho dos exploradores Rick e Evelyn, que não sabem do trabalho do filho e têm hoje uma vida pacata e cheia de lembranças de suas aventuras passadas.

O grande encontro da família acontece porque o casal resolve aceitar um último trabalho, que consiste em levar um valioso e poderoso artefato de volta para Xangai, onde mora o irmão de Evelyn, que acoberta as atividades do sobrinho.

O filme já derrapa no começo, quando uma narração conta toda a história do Imperador Dragão, mas parece nunca mais chegar ao fim. Apesar disso, as seqüências iniciais são boas e o visual é bem cuidado.

Os atores não estão bem. Maria Bello, além de ter que tapar o enorme buraco da saída de Weisz, que se recusou a filmar a seqüência depois de ler o roteiro, não parece estar nem um pouco a vontade. Fraser e John Hannah parecem não se lembrar mais de todas as características de seus personagens e acabam se perdendo várias vezes no roteiro. Jet Li, que interpreta o Imperador Dragão, está daquele mesmo jeito sem expressão de sempre, mas bem incrementado pelas coreografias de luta. No núcleo jovem, nem Isabella Leong nem Luke Ford conseguem se destacar de alguma maneira. Só mesmo Michelle Yeoh parece conseguir passar alguma coisa, mas ainda assim tem um ou dois momentos fracos.

O roteiro não sabe se assume uma levada mais histórica, mais aventureira ou se descamba para o besteirol. Seqüências como a dos Yetis comemorando, dos soldados caveiras e quase todas do tio engraçadinho e do piloto de aviões maluco são muito bobas e não conseguem atingir o seu objetivo: fazer rir.

Desperdício de tempo e dinheiro. Um bom filme para se ver em casa, quando a TV a cabo der problema, o dinheiro para o cinema estiver curto e a locadora já estiver fechada. Talvez na Tela Quente, a dublagem melhore algumas das muitas péssimas falas.

Um Grande Momento

A tentativa de assassinato do imperador Han.

A Múmia - A Tumba do Imperador Dragão 

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Cecilia Barroso

Cecilia Barroso é jornalista cultural e crítica de cinema. Mãe do Digo e da Dani, essa tricolor das Laranjeiras convive desde muito cedo com a sétima arte, e tem influências, familiares ou não, dos mais diversos gêneros e escolas. É votante internacional do Globo de Ouro e faz parte da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema, Critics Choice Association, OFCS – Online Film Critics Society e das Elviras – Coletivo de Mulheres Críticas de Cinema.

Um Comentário

  1. UÊPA!!! Esqueci de uma coisa importantíssima:

    Beijocas a todos!

  2. Oi gente!!!

    Para complicar mais um pouco as coisas, agora temos Olimpíadas. Eu não posso negar: simplesmente adoro e vejo tudo que consigo.

    Ou seja, mais um tempinho sem novidades…

    Red Dust – De mal a pior mesmo… Atualmente as visistas são só para acompanhamento mesmo, graças a Deus, mas já foi alguma coisa séria há tempos atrás.

    Pedro Henrique – Isso mesmo. A vontade de ganhar mais dinheiro é a única coisa verdadeira no filme.

    Bruna – Concordo com você. O filme é tão ruim que dá vontade de pedir o dinheiro de volta mesmo. Mas, como toda história que envolva artes marciais e grandes coreografias de luta, tem sempre um bom momento. Mesmo que ele seja único.

    Louis Vidovix – O pior é a gente no cinema tendo a clara sensação de que tudo aquilo não passa de uma manobra de dinheiro fácil. Totalmente esquecível mesmo.

    Wendell Borges – Se eu fosse você, esperava passar na TV mesmo… Hehehe

    Johnny Strangelove – Hahahaha. O pior é que não. Eu paguei mesmo para ver.

    Wally – Que bom que minha nota te desanima. Assim você não se expõe à ruindade do filme… hehehe

    Miriam – Pois é. Eles até inventaram uma nova história, misturando elementos da cultura oriental, mas não deu.

    Gustavo – Acho que o empalidecimento, no caso, é bom. ;)

    Ibertson – Eu também gostei do primeiro, não achei tão ruim. Mas esse é bem vagabundo.

    Breno – Boa estratégia. Se um dia passar na TV e você não estiver fazendo nada, quem sabe!

    Ygor – O trailer também me enganou. O segundo, mesmo fraco, consegue ser muito melhor do que este.

    Robson – De repente uma televisão aberta, né?

    Rê – Vem mesmo e me diz o que você achou. Eu achei bem ruim mesmo. E a Bruna então… Você viu o que ela disse?

    Sérgio – Não tem sentido mesmo, e muito menos qualidade.

    Wanderley – Para ganhar dinheiro fácil, né? Eu também gosto da Maria Bello, mas acho que pegar um personagem que já foi da Weisz ainda é muito para ela.

  3. Este novo filme da série A Múmia é mesmo um problema que só. É daquele tipo de continuação que vc se pergunta: “Mas para que?”.
    Tb tenho queixas do elenco, principalmente a Maria Bello que é uma otima atriz, mas que naum consegue dar continuidade ao trabalho da Weisz.

  4. Não tenho a miníma vontade de assistir este filme, embora tenha gostado de A Múmia e moderadamente de o Retorno da Múmia… soh não vejo muito sentido para esta continuação..

    vlws

  5. Noooossa Ciça! é tão ruim assim? Eu combinei com umas amigas de assistir esse filme nessa semana… vou ver e comento aqui, ok!
    bjs

    PS: tb ando ausente, tanto nos meus blogs, qto nas minhas visitas aos meu amigos virtuais… essa vida corrida é fogo mesmo….

  6. Sabe aquele filme que você vê e sabe logo que num vale nem a pena ir ver no cine? Pois isso aconteceu comigo… vou esperar em DVd e olhe lá!

    Abraço!

  7. Ta ai um filme que naum me interessava muito, achei o segundo filme muito aprecido com o primeiro, iamginava q o terceiro seria piro ainda, impraticável, na verdade ainda não o vi, mas pelo trailer parece bem legal sim, nada inovador mas com folego novo, abraço te mais…

  8. Eu nunca fui mt chegado nos “mumia”s. Sua critica negativa se junta a varias outras que eu ja vi. nao gastei e nao pretendo gastar mesmo dinheiro vendo esse filme, valeu pela “dica” =D

  9. Eu gosto dos dois primeiros. Já esse, foi uma porcaria mesmo. Minha nota é a mesma sua: Um 3!

  10. Outra paulada em cima da morta-viva… Confesso que a boa vontade em ver esse filme (afinal, os dois anteriores não eram ruins) está começando a empalidecer.

  11. Eu também não estou com muita vontade ver este filme. Acho que os anteriores já mostraram que a história não passa daquilo mesmo.
    Beijos.

  12. Os dois primeiros são divertidos, mas não estou dando muita bola para esse. Se der, e apenas se der, vejo hoje. Sua nota me desanima, rsrsrsrs.

    Ciao!

  13. É aquela coisa … viu de graça?
    Claro que é compreensivel para sua ausencia. Mas o importante é a saude …

    mas … vc viu de graça?

  14. acho que vou aguardar este filme chegar em DVd, não tive motivação para ir ver no cinema após tantas críticas negativas. Os dois primeiros até que foram bons blockbusters, mas este pelo jeito ficou devendo.

    Abraços!

  15. Filme bem ruim. Que não se leva a sério e que não é pra ser levado a sério por nós tb. Diversãozinha pra ver e esquecer.

  16. Devolvam meu dinheiro!!!
    Você foi até muito legal em encontrar um bom momento. Eu achei vários péssimos, como os rostos na areia.
    É só para quando não houver nada mais útil para fazer, MESMO!
    Beijão, Ciça.

  17. Esse terceiro capítulo da franquia já faz parte daquele grupo de filmes “vamos fazer qualquer coisa com bastante ação para lotar as bilheterias e engordar nossas poupanças”.

    Abraço!!!

  18. Vi os dois primeiros capítulos. Embora medianos, divertiam. Pelo que escreves, com este terceiro filme vamos, então, de mal a pior…

    Espero que essas visitas hospitalares não se refiram a nada de grave.

    Beijinho e um óptimo fim-de-semana.

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